quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os altruístas brasileiros

O meu amigo Rodrigo Constantino escreveu um excelente texto no seu blog para explicar o que deveria ser óbvio: O governo é um parasita faminto que cresce sem limites e vai acabar matando o seu hospedeiro.

Segue o texto, que também pode ser lido em http://rodrigoconstantino.blogspot.com/.

Os gastos do governo com pessoal e encargos sociais ultrapassaram o patamar de 5% do PIB na gestão Lula. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chamou de “marola” as críticas ao crescimento dos gastos. O Executivo e o Judiciário enviaram ao Congresso 14 projetos de criação de cargos que, ao todo, criam mais de 20 mil vagas. Somando outros projetos já em tramitação, seriam mais de 50 mil novas vagas criadas, e alguns bilhões extras de gasto. Se há um local que parece desconhecer crises, esse local é Brasília.

Faz sentido: o governo não segue a lógica do mercado, ou seja, ele não depende da satisfação dos consumidores para sobreviver. Afinal, ele não recebe através de trocas voluntárias, mas sim da coerção dos impostos. É por isso que os serviços mais ineficientes são justamente aqueles oferecidos pelo governo. Para piorar, essa ineficiência não é punida com o prejuízo e a falência como na iniciativa privada, mas ao contrário, acaba premiada com novas verbas. O orçamento para as repartições públicas é indiretamente proporcional à sua eficiência. Quanto pior for o serviço prestado, melhor a justificativa para demandar mais recursos, sob o pretexto de sobrecarga de trabalho.

Com isso, a arrecadação de impostos do governo vai crescendo sem parar, e em breve chegará à cifra fantástica de um trilhão de reais! Para o ano que vem, já estão previstos mais de R$ 850 bilhões. O governo é um enorme parasita, que drena recursos dos indivíduos com uma fome insaciável. A escolha de muitos acaba sendo buscar algum concurso público ou indicação para pular a cerca e ir para o lado de lá, onde estão as gordas tetas, sem falar da tal estabilidade de emprego. Trata-se de uma escolha até racional do ponto de vista individual. Quem não gosta de privilégios? O problema é que sobram cada vez menos hospedeiros, forçados a sustentar mais e mais parasitas. O risco é a fome excessiva do governo parasita acabar matando de vez sua fonte de recursos.


Será que precisa ter o cérebro de um Einstein para entender isso? É claro que não. Mas me pergunto porque pouquíssimos brasileiros conseguem enxergar o óbvio. Será ignorância? Pode ser. Mas não podemos descartar também aquela vontade enrustida de uma grande parte de arranjar uma teta estatal ou de virar um "doutor" na política.

Sempre falo: o sonho americano é abrir sua própria empresa, gerar empregos e abrir o capital na bolsa. O sonho brasileiro é arranjar um cargo público, com estabilidade, salário alto e a menor carga horária possível. Ser Acessor de Parlamentar por exemplo é um sonho tão maravilhoso quanto ganhar na mega-sena. Você pode até trabalhar remotamente de outro país e ter outro emprego por lá.

O governo acha que pode tirar empregos da cartola, mas se esquece que depende da iniciativa privada para obter (a força) impostos e pagar os salários. Caso contrário bastaria imprimir dinheiro ou decretar a riqueza geral. E acho que todo mundo concorda que a burocracia e o valor dos impostos no Brasil é uma piada de mau-gosto.

Num país com 200 milhões de habitantes só o incentivo a livre economia e a iniciativa privada pode gerar os empregos e a riqueza necessária para dar dignidade às pessoas. Mas estamos sempre indo na direção contrária. O empresário é um ganancioso responsável pelas injustiças sociais, é achacado por fiscais, paga juros extorsivos, enfrenta uma justiça trabalhista tendenciosa e por aí vai.

Realmente cada povo tem o governo que merece. São os "altruístas" brasileiros lutando pela "nobre" causa da justiça social e tudo que conseguem é incentivar a pobreza, mas nunca de suas próprias contas bancárias. Seria até engraçado se não fosse lamentável.

Como diria Roberto Campos: "Os esquerdistas sempre souberam chacoalhar as árvores para apanhar no chão os frutos. O que não sabem é plantá-las..."

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